Potência hegemônica por quase 70 anos, a União Soviética era um império gigantesco, de mais 22 milhões de quilômetros quadrados e composto por 15 nações. Política e economicamente só tinha um rival: os Estados Unidos. E essa competição pela primazia ideológica quase levou o mundo à destruição total.
Aliados na Segunda Guerra Mundial, Estados e União Soviética se separaram ao fim do conflito. Foi o início da Guerra Fria, capitalismo x comunismo e a luta de ambos os lados para influenciar outros países. EUA e URSS provocaram guerras, armaram golpes de estado e não acabaram com o mundo por pouco, no episódio que ficou conhecido como ‘A Crise dos Mísseis de Cuba’.
Só que patrocinar a ideologia custava dinheiro, e no final dos anos 1980 a União Soviética estava esgotada economicamente e precisava mudar. A solução encontrada foi abrir o país na política e na economia. O então Secretário Geral do Partido Comunista, Mikhail Gorbatchov, instituiu a Glasnost, política que aumentava as liberdades de expressão e de imprensa, e a Perestroika ou Reestruturação, que objetivava descentralizar a tomada de decisões com o intuito de aumentar a eficiência econômica.
Visto que o país era uma potência totalitária, era uma mudança e tanto, mas não deu certo. Ao afrouxar os laços, o líder incentivou o sentimento nacionalista das Repúblicas e o desejo de emancipação virou quase que unanimidade. Primeiro foram os países bálticos, Lituânia, Letônia e Estônia. Depois Rússia, Belarus e Ucrânia assinaram um pacto de união e praticamente forçaram Gorbatchov a renunciar. Era o fim do Império Soviético.
Essa História toda é contada pelo professor Serhii Plokhy no brilhante livro ‘O Último Império’. Uma obra completa, rica em pesquisas e detalhes, escrita por quem presenciou o período. Um trabalho jornalístico belíssimo, que nos coloca no centro de todas as negociações que puseram fim ao Império Soviético e fecha a trilogia sobre a União Soviética em grande estilo.
– ‘O Último Império’
Autor: Serhii Plokhy
Editora: Leya