Dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é uma data que serve também para que possamos refletir como está a distribuição étnica no ensino superior no Brasil. A boa notícia é que a situação está mais equilibrada nos últimos anos. Mas ainda há muito o que fazer.
O IBGE divulgou na semana passada o estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça”, que mostra pela primeira vez que estudantes negros (pardos ou pretos) passaram no ano passado a ser maioria dos inscritos nas instituições de ensino superior da rede público de todo o País, totalizando 50,3%. Em 2017, esse número era de 49% e em 2016, chega a 49,5%.
A institucionalização do sistema de cotas na rede pública, que reserva vagas também para estudantes negros é mencionada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística como uma das medidas adotadas a partir dos anos 2000 com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior.
A Unicamp também registrou em 2018 uma considerável elevação no números de alunos autodeclarados negros, passando de 23,9%, em 2018, para 35,1% neste ano. Tal índice superou a meta estabelecida pela Universidade Estadual de Campinas que era de 25%.
No entanto, pretos e pardos ainda são minoria nos cursos de ensino superior na rede privada de ensino em 2018, atingindo a marca de 46,6% do total.