Mais uma onda de protestos contra o racismo explodiu nos Estados Unidos desde o assassinato de George Floyd por um policial de Minneapolis. Pior, os protestos não impediram que Jacob Blacke fosse alvejado com sete tiros pelas costas, semana passada em Kenosha.
A onda é forte, envolve personalidades influentes de vários setores da sociedade norte-americana e tem potencial para evocar mudanças efetivas no combate ao racismo por lá.
País de passado escravocrata, os Estados Unidos tem o racismo no seu DNA e nunca tratou o problema com seriedade. Até a década de 1960 era claramente segregacionista e cada passo na luta dos negros por direitos iguais foi uma missão árdua conquistada a duras penas.
Hoje o blog traz uma dica bem legal para quem quer entender melhor como imperava o racismo nos EUA, como era respaldado pela parte dominante da sociedade. Lançado em 1988, ‘Mississipi em Chamas’ conta a história de dois agentes do FBI designados para investigar a morte de três militantes dos direitos civis em uma pequena cidade segregacionista do Mississipi em 1964.
Dirigido por Alan Parker e com atuações espetaculares de Gene Hackman, Willem Dafoe e Francis McDormand, o filme é arrebatador e mostra com clareza a crueldade do racismo nos lugares mais conservadores dos Estados Unidos.
É um filme que apesar dos 32 anos continua atual. Uma aula de história e conhecimento para quem quer se inteirar do que acontece em 2020 nos Estados Unidos.
É revelador e triste perceber que Mississipi em Chamas ainda nos diz muita coisa sobre nossos dias. Se nunca viu, veja. E se puder rever, reveja. É um filmaço que tem muito a dizer.