A ditadura militar no Brasil durou 21 anos. De 1964 até 1985. Mas a partir de 1979, com a lei da anistia, a repressão diminuiu e a maioria dos brasileiros que estavam exilados pôde voltar.
Muitos desses brasileiros foram obrigados a sair do país por criticar o regime. Não pegaram em armas, nem boicotaram o governo, simplesmente eram críticos das ações dos generais presidentes.
Mesmo no exterior essas pessoas continuaram a fazer oposição; ao lado de quem ficou por aqui combatendo legalmente ou ilegalmente a ditadura. O material produzido por esses resistentes é riquíssimo e retrata uma realidade triste e sofrida de um período difícil da nossa História.
O Instituto Vladimir Herzog reuniu essa experiência em um documentário imperdível. “Resistir é Preciso” reúne depoimentos e material historiográfico de jornalistas que atuaram nas três frentes do combate à ditadura militar: a imprensa alternativa, a clandestina e a que atuava no exílio.
São citadas quase 100 publicações, desde as mais importantes, como os jornais Pasquim, Opinião e Movimento, até jornais estudantis, de comunidades e sindicatos. Vale destacar o papel importante – e pouco conhecido – da imprensa regional e independente.
São ao todo 60 depoimentos que nos trazem um misto de coragem e determinação. Cada uma à sua maneira, essas pessoas fizeram sua parte no combate ao regime de exceção no Brasil.
“Resistir é Preciso” é um documentário imperdível para quem ama jornalismo. Confere lá no YouTube.