O suicídio de Getúlio Vargas é um dos capítulos mais tensos da História do Brasil.
Desde a volta do político gaúcho ao poder, em 1951, até sua morte, em 1954, uma campanha feroz de oposição, orquestrada pelo jornalista Carlos Lacerda, minou o governo por dentro. O ponto culminante foi o atentado contra Lacerda planejado pelo guarda-costas pessoal de Getúlio, Gregório Fortunato.
Recuperado do tiro que levou e usando com maestria sua popularidade, Lacerda atacou Vargas com veemência e conseguiu que a cúpula militar do governo se voltasse contra o Presidente. Ameaçado novamente pela deposição, como já ocorrera em 1945, Vargas optou pela morte e se suicidou em 24 de agosto de 1954.
Jornalista brilhante, Carlos Lacerda tinha grandes ambições políticas e queria ser Presidente do Brasil. Usou o jornalismo como arma de batalha para atingir seu objetivo, nem sempre de maneira ética. A morte de Getúlio desencadeou uma revolta popular e acabou por atrapalhar a trajetória política de Lacerda.
Esse momento marcante da nossa História já foi retratado de várias maneiras e vale a dica de 3 obras muito bem feitas, que conseguem transmitir todo o drama e tensão daquele momento:
– Em 1993 a Rede Globo transmitiu a minissérie ‘Agosto’. Baseada na Obra de Rubem Fonseca, com direção de Jorge Furtado e estrelada por José Mayer, Agosto retrata os últimos dias do governo Vargas antes do suicídio. Um roteiro de primeira, com grande direção e ótimas atuações, de acordo com o tão aclamado padrão Globo de qualidade.
– Em 2014, quando se completou 60 anos da morte de Getúlio, a Copacabana Filmes lançou ‘Getúlio’. O filme mostra os últimos dias de vida do político, desde o atentado contra Carlos Lacerda até o suicídio. Dirigido por João Jardim e estrelado por Tony Ramos, o longa-metragem retrata com fidelidade os momentos derradeiro do governo Vargas.
– E, para completar, a magnífica obra de Lira Neto. O escritor cearense escreveu a biografia de Getúlio Vargas em 3 volumes, e no derradeiro descreve com minúcias todo o processo que culminou na morte de Vargas. Editada pela Companhia das Letras essa é uma obra determinante para quem quer conhecer o período e obrigatória para qualquer jornalista.
As dicas estão dadas. Boa diversão.