O ano de 1968 é conhecido como “O ano que não terminou”. E entrou para a história como um ano extremamente importante.
Fatos que mudariam o panorama da História aconteceram em 68. Como o assassinato de Martin Luther King e de Robert Kennedy e as manifestações estudantis na França contra a Guerra do Vietnã, a favor da liberação sexual e pela ampliação dos direitos civis.
No Brasil dois fatos contribuíram para tornar 68 um ano turvo para os horizontes do país. O assassinato do estudante Edson Luís de Lima Souto durante um conflito de estudantes com a Polícia Militar no restaurante Calabouço em março, no Rio de Janeiro, e o decreto do Ato Institucional número 5 pelo então Presidente Costa e Silva em dezembro.
As manifestações contra a ditadura se intensificaram em 68 e provocaram uma reação enérgica. O AI-5 foi a resposta do governo à oposição. Resultou na perda de mandatos de parlamentares contrários aos militares, intervenções ordenadas pelo presidente nos municípios e estados e também na suspensão de quaisquer garantias constitucionais, o que resultou na institucionalização da tortura como instrumento adotado pelo Estado.
1968 é retratado com fidelidade pelo jornalista Zuenir Ventura no livro ‘1968 – O ano que não terminou’. Zuenir participou ativamente daquele ano e narra, em estilo jornalístico, os fatos que marcaram o conturbado ano no Brasil e no mundo. O livro cita importantes personagens, obras e músicas que fizeram parte do período e é um material valioso para quem procura entender o que era o país na época da ditadura militar, entre 1964 e 1985.
A obra também serviu de inspiração para a minissérie ‘Anos Rebeldes’, produzida pela Rede Globo em 1992.
– 1968 – O ano que não terminou
– Zuenir Ventura
– Editora Planeta